Um guia prático de jogos e brincadeiras para transformar sua sala de aula
O lúdico como ferramenta pedagógica: parte 1
"O jogo é um meio para desenvolver a socialização, porque nele os homens aprendem a trabalhar juntos, a se comunicar e a resolver conflitos de maneira pacífica". Friederich Schiller
Antes de qualquer coisa, eu tenho que adimitir que eu era uma daquelas professoras que achava que brincar em sala de aula era “enrolação”, coisa de quem não quer “perder tempo” preparando as aulas. Minha experiência como professora do ensino fundamental em Berlim, na Alemanha, me fez mudar de opinião radicalmente. Depois de alguns anos, as brincadeiras e os jogos tornaram-se indispensáveis na minha rotina em sala de aula, pois eu compreendi que eles são a melhor forma de se ensinar a importância das regras e praticá-las de forma de forma leve, divertida e efetiva!
Você quer conhecer brincadeiras e jogos super simples e que fazem sucesso em sala de aula?
Quer aprender como melhorar a relação com seus alunos, de tal forma que eles gostem das suas aulas e não queiram perdê-las por nada nesse mundo?
Você gostaria de entender porque e como brincar com as suas turmas vai tornar suas aulas mais fáceis e agradáveis tanto para você (professora) quanto para as crianças?
Então continua lendo esse texto ☺
Nesta série de 4 artigos eu vou apresentar três jogos e duas brincadeiras3 populares em escolas de ensino fundamental na Alemanha. Eu conheci esses jogos durante os seis anos que trabalhei como professora do ensino fundamental em Berlim. Decidi selecionar as brincadeiras preferidas das minhas turmas e apresentá-las para vocês, para que esse texto possa ajudar quem estiver em busca de atividades lúdicas para fazer com as suas turmas.
Encontrar brincadeiras e jogos adequados para cada turma foi um dos maiores desafios que eu enfrentei quando eu comecei a dar aulas. Nesse sentido, explicarei o passo a passo de como você pode pôr os jogos em prática e incluí-las em sua rotina em sala de aula. Também contarei como foi a minha experiência com essas atividades e a importância delas nas minhas aulas.
É importante destacar que todos esses jogos e brincadeiras foram aplicadas em diversas escolas e universidades no Brasil, através de oficinas com as crianças em escolas do ensino fundamental e de oficinas formativas para professsores e estudantes de pedagogia e licenciaturas. Desse modo, diversos professores da rede pública e particular tiveram a possibilidade de experimentar e pôr em prática as brincadeiras e jogos aqui apresentados . Assim, esse artigo tem um caráter eminentemente prático e você pode usá-lo como um guia para aprender algumas atividades lúdicas para fazer com as suas turmas.
Jogos e brincadeiras selecionados:
“O jogo de um minuto” (Eine Minute Spiel)
“Adivinhar os quatro cantos” (Vier Ecke raten)
“O jogo da memória com pessoas” (Menschenmemory)
“Transformação 1” e “Transformação 2” (Veränderung)1
A partir de um relato da minha experiência em sala de aula e nas oficinas formativas para professores e estudantes, abordarei as seguintes questões:
Quais são os objetivos pedagógicos desses jogos e brincadeiras ?
Qual é o melhor momento executá-los, no começo ou no final da aula?
Quantos participantes são necessários? Há um número máximo ou mínimo?
Qual é o grau de complexidade do jogo ou da brincadeira?
Há necessidade de materiais ou de algum conhecimento prévio dos alunos?
Quanto tempo se deve planejar para explicar os jogos e suas regras?
Quanto tempo precisamos para jogar uma rodada com a turma?
A partir da prática nós refletiremos sobre a importância do lúdico em sala da aula. Destacando como as brincadeiras e jogos contribuem para tornar as aulas mais fáceis e agradáveis, para o bom relacionamento do professor com as suas turmas e para a integração dos alunos entre si.
Considerações iniciais: como explicar jogos e brincadeiras para os alunos
No começo do ano letivo é interessante conversar com a turma e fazer algumas perguntas sobre o jogo ou a brincadeira a serem feitas. Por exemplo:
“Jogo de memória com pessoas”, alguém já ouvir falar desse jogo?
Quem conhece o “jogo da memória” tradicional? Quem conhece as regras desse jogo?
Como é que se ganha? Como você acha que a gente vai jogar esse jogo com pessoas? Quem tem alguma ideia?
A minha experiência em sala de aula me mostrou que é fundamental estimular a turma através de perguntas, pois assim as crianças se envolvem e participam das atividades de uma forma muito ativa e esse momento é “mais valorizado”. Além do mais, essa é uma oportunidade para se ouvir o que os alunos pensam e contribuir para o desenvolvimento da imaginação e criatividade.
“O jogo é o meio mais eficaz para desenvolver a imaginação e a criatividade, pois nele o homem pode criar seus próprios mundos e regras”.
Friederich Schiller, poeta, dramaturgo, filósofo e historiador alemão4
O “JOGO DO UM MINUTO”
Começarei apresentando o “jogo do um minuto”, pois eu incorporei esse jogo à estrutura da minha aula, como um dos rituais2 mais importantes da minha rotina em sala de aula. Depois de alguns anos, eu passei a usar esse jogo como estratégia para iniciar minhas aulas com tranquilidade e silêncio.
Eu conheci esse jogo durante um estágio em uma escola bilíngue grego-alemã de ensino fundamental com uma professora muito experiente. Ela trabalhava nessa escola há mais de 10 anos, conhecia bem as crianças e tinha uma ótima relação com elas. Ela chamava esse jogo de “rei por um minuto” (eine Minute König) e o utiliziva casualmente durante a aula, especialmente quando a turma estava inquieta.
Inicialmente, eu não achei esse jogo muito interessante, mas notei que depois de jogá-lo as crianças estavam mais tranquilas. Houve mais de um minuto de silêncio quase absoluto na sala aula, o que é realmente impressionante em uma turma de primeira série do ensino fundamental! Observei como nós começamos a nos sentir melhor depois desse um minuto “mágico” de silêncio.
Se você é professora ou professor do ensino infantil ou fundamental, acredito que você saiba do que eu estou falando…
Como explicar “o jogo de um minuto” para a sua turma?
No começo da aula, antes de esclarecer a regras do jogo, eu costumo fazer algumas perguntas para os alunos:
Como poderia ser o “jogo do um minuto”? Como você acha que a gente vai jogar?
Como é que se ganha? Alguém tem alguma ideia?
A próxima pergunta a se fazer é: quantos segundos têm um minuto?
Depois disso, perguntaremos: Como nós fazemos para saber que um minuto passou?
É de se esperar que alguém diga: “só olhar no relógio”. Se alguma criança der essa resposta, a gente deve dizer que ela tem razão! Contudo, nesse caso, não haveria jogo algum, não é verdade?
Caso isso ocorra, devemos perguntar de forma mais precisa: Como nós fazemos para saber que um minuto passou sem olhar no relógio? Quem tem uma ideia? O que a gente poderia fazer?
Caso a turma não consiga responder, nós explicaremos que se nós contarmos até 60, teremos exatamente um minuto.
Importante! É fundamental dizer para a turma que eles não devem contar nem muito rápido, nem muito devagar.
DICA: Levar um relógio analógico de parede e deixar os alunos observarem um minuto passar. Assim, eles poderão, literalmente, “ver um minuto passar” e terão a oportunidade de aprender a contar no ritmo adequado.
Na Alemanha, cada sala de aula possui um relógio analógico na parede. Antes de iniciar esse jogo, eu tinha que tirar o relógio da parede, para que nenhum participante pudesse vê-lo. Com o passar do tempo aconteceu algo muito interessante, os meus alunos passaram a fazer um silêncio tão absoluto que era possível ouvir o tic-tac do relógio. De tal forma que as crianças passaram a mover a cabeça de acordo com o ritmo o tic-tac do relógio, o que facilitou a contagem dos segundos e aumentou imensamente a qualidade de vida da professora, que podia aproveitar esse momento de paz e tranquilidade ao iniciar as aulas ☺.
Atenção!
No primeiro ano do ensino, a maioria dos alunos ainda não sabem contar até 60. Então, como eles poderão contar até 60 se eles ainda não possuem esse conhecimento?!
Nos anos iniciais, eu sempre falo o seguinte: “Eu acho muito complicado contar até 60. Muitas vezes eu me perco, porque é uma contagem muito longa! Alguém teria alguma ideia de como eu poderia tornar essa contagem mais simples?!”
É claro que essa história não é exatamente verdade, mas é uma maneira leve e divertida de motivar as crianças.
Geralmente, um ou mais alunos apresentam algumas ideias. A mais frequente e simples é: contar 6 vezes até 10.
A estratégia usada com as minhas turmas de primeiro ano para me “certifcar” que todas as crianças sabem contar até 10, é fazer uma “contagem coletiva” em voz alta com toda a turma.
Ainda com o objetvo de auxiliar os alunos, eu pergunto quantos dedos nós temos nas nossas mãos? A resposta dos alunos é praticamente imediata: “Dez”! Aí eu acrescento que caso alguém tenha alguma dúvida, pode usar os dedos da mão como auxílio durante a contagem.
Se a turma gostar de matemática ou estiver precisando exercitar suas habilidades nessa área, podemos perguntar quais são as outras possibilidades para se contar até 60.
Por exemplo:
contar 4 vezes até 15,
3 vezes até 20,
2 vezes até 30,
ou ainda 1 vez até 20 e mais 4 vezes até 10,
e assim por diante.
Meus alunos na Alemanha gostavam muito de pensar nas diferentes possibilidades de como se contar até 60. Aqui no Brasil eu não experienciei a mesma empolgação e divertimento com esse exercício. Mas isso pode se dever ao fato de que por ter uma amostragem muito maior nas escolas alemãs, pois eu fiz esse jogo com mais de 50 turmas em Berlim ☺
Nós ainda temos mais algumas perguntinhas:
Como nós vamos contar até 60?!
Nossa turma é grande, e se cada um contar em voz alta, será uma confusão, não é verdade?
Como é que nós devemos contar então?
Silenciosamente, ou como as crianças dizem, “somente na nossa cabeça”. Vale a pena enfatizar que todo mundo tem que “contar somente para si”, ou seja, “em silêncio”.
Agora a pergunta que não quer calar: Tá, mas como é mesmo esse jogo?!
Todas as crianças devem se levantar silenciosamente e se sentarem quando elas acreditarem que um minuto passou.
Agora o passo a passo!
1. Todo mundo vai ficar de pé silenciosamente, em frente da sua cadeira.

2. Depois, a professora vai olhar para o relógio e dizer “1,2,3 e valendo!” para indicar que o jogo vai começar.
3. Nesse momento, a turma inicará a contagem até 60.
É importante enfatizar que cada um deverá contar “apenas na sua cabeça” para não confundir os coleguinhas. No primeiro ano, vale a pena repetir que também é possível contar 6 vezes até 10, usando os dedos das duas mãos.
4. Quem terminar sua contagem, deverá sentar tranquilamente no seu lugar, permanecer em silêncio para não atrapalhar os outros participantes e aguardar o fim do jogo.
5. Quando todas as crianças estiverem sentadas ou após 2 minutos, a professora anunciará os ganhadores. A professora fará um sinal, pedindo para que todas as crianças se sentem, quando o tempo tiver acabado.
Tá, mas por que o jogo acaba quando 2 minutos tiverem passado?
Primeiramente porque muitos alunos (ainda) não tem uma boa noção do tempo e eles poderiam ficar vários minutos de pé, e como o tempo da nossa aula é limitado é importante também limitar o tempo do jogo. Ademais sempre há um espertinho ou outro que tem a “brilhante ideia” de ficar 5 minutos de pé, para “passar o tempo da aula”. Ao por o limite de dois minutos, a gente evita esses possíveis contratempos.
6. Quem serão os ganhadores?
Quem acertar exatamente 1 minuto, ou as duas crianças5 que chegarem mais perto de um minuto.
Vale a pena mencionar que não se trata de se “sentar primeiro”. Especialmente nas turmas de primeiro ano, algumas crianças querem ser “as primeiras a sentar”, pois elas acreditam que assim ganharão o jogo.
À primeira vista, esse jogo pode parecer muito fácil. Mas não se engane, mesmo professores universitários concluiram sua contagem de “1 minuto” em apenas 30 segundos! Mas isso não é, de forma alguma, um problema. Muito pelo contrário! Isso torna o jogo muito mais divertido e nos mostra como é importante desenvolver a contagem e o “sentido de passagem do tempo” com os alunos! É impressionante a melhoria depois de alguns meses!
Eu não me recordo quando ou como eu criei essa nova designação para esse jogo, mas eu o fiz porque acredio que o nome “jogo do um minuto” é mais adequado por ser autoexplicativo, o que facilita a explanação das regras do jogos para os alunos.
Por que vale a pena fazer esse jogo?
Ele é ideal para iniciar a aula, pois contribui para começar a aula com tranquilidade e em silêncio.
É um jogo muito simples, que pode ser feito com turmas grandes e não é necessário ter muito espaço.
Ele pode ser feito desde o primeiro ano do ensino fundamental até o nível universitário.
Quais são os objetivos pedagógicos desse jogo?
A turma treina a concentração.
Os alunos desenvolvem a paciência.
As crianças aprendem a “apreciar o silêncio”.
Sobre “apreciar silêncio”: a minha experiência me mostrou que, na realidade, as crianças amam o silêncio. Você deve estar pensando: “só se forem as crianças na Alemanha, porque aqui no Brasil não é assim não. Os meus alunos gostam mesmo é de fazer barulho”. Eu entendo esse pensamento, porque eu já tive essa mesma opinião. Mas após algum tempo dando aula, eu compreendi que as crianças gostam do silêncio ou do seu próprio barulho. E o que acontece na escola? Como geralmente as salas de aula não são silenciosas, as crianças farão ainda mais barulho para conseguirem se sentir bem.
No momento em que nós começarmos a criar um ambiente mais tranquilo e silencioso em sala de aula, através de jogos, brincadeiras e elogios nós criaremos um círculo virtuoso. O que isso significa? À medida em que há momentos de silêncio em sala de aula muitas crianças terão a oportunidade de sentir esse bem-estar e perceber que o silêncio faz bem. Afinal, como a turma poderia saber disso, antes de conhecer esse momento de sossego e tranquilidade?
Muitas vezes meus alunos fizeram os seguintes comentários: “Olha professora, como o silêncio é bom”, “Dá uma tranquilidade na gente quando a turma está assim em silêncio, né?”, “A gente pode passar a aula inteira assim, professora?!”
De fato, com algumas turmas eu cheguei a fazer um desafio de a turma não falar por uma hora!6. Claro que isso só funciona em ocasiões especiais e se a turma tiver vontade de participar desse desafio. Mas digo para vocês, mesmo que seja uma em dez turmas que tenha vontade de estender o silêncio do “jogo do um minuto” por uma hora, vale a pena! Pois você sairá renovado dessa aula! ☺
Você deve estar se perguntando como se dá a comunicação em uma aula desse tipo. A ideia que eu implementei é que as crianças devem apenas sussurar ao invés de falar. E funciona! Acredite! De fato, falar sussurando passou a ser parte integrante das minhas aulas em vários momentos, mas esse já é tema para um outro artigo.
Com o “jogo do um minuto” você terá a possibilidade de construir momentos de silêncio com a sua turma e ir ampliando gradualmente a sensação de bem-estar e tranquilidade.
Qual é o melhor momento para fazer essa brincadeira, no começo ou no final da aula?
Esse jogo é ideal como ritual para começar a aula7.
Quantos participantes são necessários? Há um número máximo ou mínimo?
Não há um número mínimo ou máximo de participantes.
Pode ser feito com turmas grandes.
Qual é a complexidade desse jogo?
O nível de complexidade é baixo, podendo ser jogado a partir do primeiro ano do ensino fundamental.
Há necessidade de materiais ou de algum tipo conhecimento prévio dos alunos?
Não é necessário nenhum tipo de material extra (o professor precisa apenas de um relógio ou um celular)
O único conhecimento prévio é saber contar até 10.
Quanto tempo se deve planejar para explicar o “jogo do um minuto” e suas regras?
Para a explicação das regras (com uma ou duas “rodadas de teste”) devemos planejar por volta de 15 minutos.
Quanto tempo precisamos para jogar uma rodada com os alunos?
Quando a turma já domina as regras do jogo precisamos de no máximo 3 minutos para realizar o jogo e anunciar os ganhadores.
No começo do ano letivo, quando as alunos ainda estão aprendendo as regras do jogo e as regras da sala de aula, é necessário planejar 5 minutos.
IMPORTANTE! É de se esperar que as primeiras rodadas não sejam perfeitamente silenciosas. Isso faz parte de um exercício. A turma fará ruídos durante o jogo. Cabe ao professor avaliar se é necessário interromper o jogo e iniciar a partida novamente.
No meu caso, eu só interrompo o jogo se alguém reclamar que “está se perdendo na contagem” por causa do barulho. Caso contrário, eu evito interrupções e tento enfatizar os progressos que a turma faz com elogios! Se necessário, eu dou uma “olhada de professora”8 quando os alunos devem modificar o seu comportamento.
Nós devemos planejar mais ou menos um mês para que esse jogo seja incorporado na rotina da turma, como um “comportamento natural”, ou seja, como uma rotina.9
É importante mencionar que os jogos só se tornam “realmente divertidos” quando a turma domina as regras e compreende bem o funcionamento do jogo. Por isso, eu recomendo que os professores façam pelo menos uma “rodada de teste” antes de “jogar para valer”. Isso pode parecer bobagem, mas para as crianças (e para alguns adultos também ☺) ganhar, e especialmente, perder a partida de um jogo pode ser uma experiência muito dramática. Então, vale a pena fazer uma ou mais “rodadas de teste” até que todos os participantes tenham compreendido as regras e o processo de execução do jogo.
Quer conhecer o jogo preferido das minhas turmas lá na Alemanha?
Então, volta aqui na próxima semana para ler o próximo artigo desta série :)
1 O nome dos jogos e brincadeiras foram traduzidos por mim.
2 Falar sobre a importância dos rituais, ultrapassa os objetivos desse artigo. Devido à relvância desse tema, em breve em publicarei um artigo sobre “Regras e rituais em sala de aula”.
3 Em alemão o substantivo “Spiel” pode significar tanto “jogo” como “brincadeira” e o verbo “spielen” poder ser traduzido por “jogar” ou “brincar”. Portanto, a distinção existente em português entre “jogo” e “brincadeira” não existe em alemão.
4 Johann Christoph Friedrich Schiller ( 1759-1805) é conhecido por sua defesa da relevância do jogo e da brincadeira na formação do ser humano. Em sua obra Cartas sobre a Educação Estética do Homem (1795), ele argumenta que o jogo é uma forma essencial de expressão humana que permite ao indivíduo explorar seu potencial criativo e desenvolver suas habilidades sociais.
5 Você deve estar se perguntando, mas por que duas crianças? Nesse caso, o fato de eu escolher dois alunos ou alunas, não se relaciona com as regras do jogo em si, mas com a estrutura da minha aula. Eu uso esse jogo no início da aula, para escolher os “meus dois ajudantes do dia”. Eu ainda estou escrevendo um texto sobre a estrutura da minha aula, onde eu explicito “o papel dos ajudantes do dia”, quais são as minhas principais regras e rituais e porque eles são fundamentais para o bom andamento da aula.
6 A hora aula nas escolas de ensino fundamental na Alemanha é de 45 minutos.
7 Como já mencionado anteriormente, tratar da importância dos rituais, ultrapassa os objetivos desse artigo. Devido a importância desse tema, em breve em publicarei um artigo sobre “Regras e rituais em sala de aula”.
8 Esse é um dos recursos ou dos elementos não-verbais mais importantes que o professor possui. “A olhada do professora” ou “olhar do professor” é difícil de descrever com palavras, mas quem está em sala de aula, com certeza sabe do que eu estou falando, né?
9 Isso pode variar de uma turma para outra: pode ser que algumas turmas precisem de mais de um mês ou que uma turma necessite de apenas uma semana☺.
Fico muito feliz que o meu texto tenha provocado essa reflexão!
Vale a pena incluir dinâmicas e brincadeiras em sala de aula desde a educação infantil até o nível superior!
Texto maravilhoso! É raro encontrar discussões sobre o tema com a seriedade e aprofundamento necessários, seu texto traz boas reflexões e também instruções claras! Parabéns!